A origem da telemedicina no Brasil

A origem da telemedicina no Brasil

O termo telemedicina vem do grego “tele”, que significa distância, e também é usado para formar palavras como telefone e televisão. Portanto, a telemedicina abrange todas as práticas médicas realizadas remotamente, independentemente das ferramentas utilizadas para esse relacionamento. Essa prática se originou em Israel e é amplamente utilizada nos Estados Unidos, Canadá e países europeus.

Desde o início da década de 1950, a telemedicina passou por grandes mudanças e avanços. No passado, poucas instituições médicas conseguiam atender pacientes em áreas remotas. No entanto, com o avanço dos métodos de comunicação em rede de computadores e os métodos de comunicação resultantes, a comunicação entre médicos e pacientes ou entre profissionais de saúde tornou-se mais simples e prática: o relacionamento e a troca de informações foram ampliados por meio de telefones fixos, depois telefones celulares e a Internet está cada vez mais rápida. Computadores, tablets e smartphones facilitaram a videoconferência, e os avanços na inteligência artificial ajudaram a todos a obter conhecimento.

A telemedicina no Brasil

No início da década de 1990, ocorreu a primeira experiência de telemedicina no Brasil. No entanto, foi somente em 1994 que uma empresa começou a usar essa tecnologia para exames de ECG remotos.

Nos últimos anos, a telemedicina brasileira avançou muito e, com o incentivo do governo, possibilitou a formação de novas equipes e centros de pesquisa em diversas universidades brasileiras.

Atualmente diversas instituições no Brasil utilizam a telemedicina e o modelo vem se expandindo fortemente. Com isso, pacientes distantes do centro dos grandes centros podem receber a mesma atenção que pessoas cujos hospitais estão próximos de suas residências. Isso também é muito benéfico para os próprios hospitais e clínicas, porque reduz a superlotação desnecessária em áreas de emergência.

As frentes da telemedicina

A telemedicina pode ser subdividida em alguns ramos: teleassistência, teleconsulta teleducação e a emissão de laudos à distância. Entenda:

Teleassistência

No teleatendimento, o foco da comunicação é o paciente e seu bem-estar. Por meio dele, os pacientes são acompanhados em suas próprias residências ou nos postos de saúde locais por médicos ou quaisquer outros profissionais que se comunicam remotamente com outros profissionais. A fim de melhorar a eficiência do sistema e garantir investigações médicas precisas, uma variedade de dispositivos são usados ​​para avaliar os parâmetros clínicos e esses dados são geralmente enviados para especialistas remotos via Internet.

Teleconsulta

Quando o clínico geral busca ajuda de especialistas, ele pode realizar consultas remotas entre médicos, como segunda opinião sobre o diagnóstico, medicamentos mais adequados e até orientações em tempo real sobre a execução do procedimento. Outra forma é a consulta online, que é realizada diretamente entre o médico e o paciente. No Brasil, durante a pandemia Covid-19, consultas remotas entre médicos e pacientes tornaram-se possíveis.

Emissão de laudos à distância

Este é um dos usos que mais cresce no Brasil. Com essa tecnologia, as consultas podem ser realizadas em qualquer lugar e aprovados por especialistas conectados à Internet. Desta forma, você pode facilmente obter os melhores médicos do país.

Além disso, a telemedicina pode ser utilizada para:

  • Consulta e troca de informações entre instituições de saúde;
  • Informação de resultados de exames laboratoriais e de imagens;
  • Discussão de casos clínicos, principalmente relacionados a doenças raras;
  • Cirurgia robótica;
  • Assistência a pacientes crônicos, gestantes de alto risco e idosos.

O termo telemedicina também é amplamente utilizado, ampliando esse conceito e ultrapassando a medicina. A telemedicina inclui os cuidados prestados por outros profissionais da área, como técnicos de enfermagem, enfermeiros, etc.

Vantagens da telemedicina

Para os pacientes, mesmo longe dos centros urbanos, essa tecnologia permite obter medicamentos de qualidade e especialistas de referência. Para o sistema de saúde, a descentralização do atendimento reduz a necessidade de especialistas e hospitais no início do atendimento. Por meio da telemedicina, o atendimento especializado pode ser levado a mais locais a um custo menor. Os recursos podem ser usados ​​para prevenção e tratamento de doenças. Além disso, mais trocas de informações entre os serviços de saúde facilitarão a integração da pesquisa clínica e ampliarão o conhecimento dos profissionais que atuam na área.

Para os médicos e outros profissionais de saúde, há a chance de participar de programas educacionais de qualquer lugar do país, além da possibilidade de contar com o apoio de outros colegas de profissão na hora de tomar decisões.

Destacamos como vantagens da telemedicina:

  • Ampliação do contato entre médicos e pacientes;
  • Acesso a especialistas e profissionais de referência;
  • Facilidade na troca de informações entre os serviços de saúde;
  • Diminuição do deslocamento de pacientes a unidades de saúde e grandes cidades;
  • Facilidade para realização de exames, que podem ser realizados em clínicas e postos de saúde;
  • Melhoria da qualidade e agilidade dos resultados.

Projeto de telemedicina da UFSC com a parceria do CIGA

Alinhados com essa tendência a UFSC está desenvolvendo um sistema integrado de telemedicina para levar saúde de referência a todas as regiões do estado de Santa Catarina. O projeto é apoiado por diversas organizações, dentre elas o CIGA, que irá atuar proporcionando o acesso dos municípios catarinenses à rede integrada de saúde.

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