Qual a velocidade de internet ideal para minha escola?
Levantamento do NIC.br aponta dados fundamentais para balizar a contratação de infraestrutura de rede nas escolas. Ciga assina parceria no projeto.
Um dos grandes desafios dos gestores públicos educacionais está relacionado às definições de parâmetros e indicadores para implementação e acompanhamento de políticas de infraestrutura e conectividade. Para isso o gestor deve fazer três perguntas básicas:
- Como mensurar a velocidade ideal de internet para as escolas?
- Como verificar se a internet disponível é capaz de garantir a realização das atividades pedagógicas?
- Como acompanhar a qualidade da internet contratada?
Dados do Censo Escolar 2021 apontam que 78% das escolas possuem acesso à internet, mas apenas 49% utilizam a utilizam nos processos de aprendizagem. Nesse contexto, ter um parâmetro de referência simples, objetivo e factível do que significa uma escola estar conectada de forma adequada é imprescindível para garantir a contratação de pacotes de internet em velocidade que de fato possibilite o uso de todo seu o seu potencial no apoio aos processos de aprendizagem.
O Ciga é uma das instituições que apoiam a nota técnica do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), que levantou todas as informações e formatou as especificações recomendadas para a melhoria da infraestrutura do ensino no País.
Conectividade nas escolas
Conectar as escolas à velocidade que permita o uso pedagógico da internet é ponto de partida fundamental para uma educação mais inclusiva e de maior qualidade. Sem conexão em velocidade suficiente, haverá pouca capacidade de escalar o uso de recursos digitais por professores e alunos, limitando o potencial das tecnologias educacionais no apoio à aprendizagem, e a possibilidade do desenvolvimento de métodos e soluções inovadoras nas escolas.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 54% da população global tem algum tipo de acesso à internet. Neste sentido, a Alliance for Affordable Internet (A4AI), uma coalizão global formada para garantir acesso universal a uma internet de qualidade, estruturou o conceito de “Conectividade Significativa”, como forma de diferenciar níveis de possibilidades de acesso à internet.
No mundo atual, apenas dizer se um cidadão está on-line ou off-line não retrata as disparidades de condições de acesso a um mundo cada vez mais digital e conectado.Apenas dizer se determinada escola possui ou não acesso a internet não revela o cenário real das possibilidades de uso pedagógico desta conectividade.
Pensar em “conectividade significativa” para as escolas diz respeito a garantir que todos os docentes conseguem utilizar a internet da escola para os processos de ensino, que a gestão escolar consegue estruturar os processos administrativos da escola com o uso de tecnologia e que os estudantes utilizam essa internet em diferentes formas de aprendizagem, desde pesquisas simples em sites de busca até atividades mais estruturadas em ambientes virtuais de aprendizagem.
Possibilidades de uso pedagógico
O “Guia de Conectividade na Educação” apresenta dados de um levantamento realizado pelo CETIC, para a pesquisa TIC Educação de 2019. Neste estudo são apresentadas as principais possibilidades de atividades pedagógicas e o quanto cada uma delas demandam de velocidade de internet, latência, jitter e dentre outras métricas de qualidade de conexão.
No geral, o uso pedagógico da internet pode ser classificado da seguinte forma:
Das atividades citadas, as que demandam maior capacidade de velocidade de download são streamings de vídeo, download de arquivos e jogos:
Velocidade demandada para cada atividade pedagógica
No documento “Guia de Conectividade na Educação”, elaborado pelo Grupo Interinstitucional de Conectividade para a Educação (GICE), foi apresentada uma fórmula para definir qual a velocidade de contratação ideal. Essa fórmula considera algumas variáveis como, quantidade de estudantes conectados simultaneamente, quais os usos pedagógicos dessa internet e quantidade de estudantes do maior turno da escola.
A partir dessa fórmula, o gestor público pode definir os valores específicos de cada variável para entender qual a velocidade mínima a ser contratada. Entretanto, é importante pontuar que a fórmula permite certa flexibilidade para definição da velocidade necessária. Fica de parâmetro 1 mbps por estudante, sendo assim o mínimo necessário para viabilizar as principais atividades pedagógicas do cotidiano escolar.
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Importante destacar que os parâmetros apresentados de velocidade de conexão à internet a ser contratada estão alinhados com as principais recomendações internacionais sobre o tema, como o relatório da Broadband Commission for Sustainable Development, da Unesco ITU, no estágio em que a conectividade dá condições para uso pedagógico pleno e parâmetros estabelecidos pela Federal Communications Commissions (FCC) nos Estados Unidos.
O Ciga colabora de forma ativa com a educação levando informação aos municípios e estimulando projetos através de atas compartilhadas de chromebooks e acesso ao Google for Education. Além disso, o Ciga instituiu a Câmara Técnica de Educação pela resolução Ciga nº 234 de 29 de junho de 2022, visando a priorização dos projetos educacionais do Consórcio.
Além de garantir uma internet de qualidade, é importante levar conectividade de verdade aos alunos dentro e fora do ambiente escolar. Conte com as nossas soluções para trazer inovação para o seu município!