Ciga estuda criar de token de mobilidade para pagamento de transporte público
O Consórcio de Inovação na Gestão Pública (Ciga) estuda a criação de uma plataforma que pode operar com a tecnologia de blockchain para remunerar atitudes positivas que reduzam a emissão de carbono. O token teria valor monetário e poderia ser usado no transporte público e em outros estabelecimentos por meio de parcerias.
A iniciativa, que está alinhada com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU), seria conectada à um blockchain, que funciona como um validador para as transações, que poderiam ser feitas digitalmente.
A proposta de implantação da plataforma AYR foi discutida pelo presidente do Ciga, Ércio Kriek (prefeito de Pomerode-SC), que conduziu a 33ª reunião ordinária do Conselho de Administração e Conselho Fiscal do Ciga, ocorrida na manhã desta quarta-feira (13/07).
A ideia foi apresentada pela CEiiA, Centro Europeu de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, baseado em Portugal, que concebe, desenvolve e produtiza novas tecnologias, produtos e serviços para uma sociedade mais sustentável.
“Santa Catarina e o Brasil tem condições especiais de ter uma plataforma para neutralidade carbônica. Já temos experiências positivas no País em Curitiba e Foz do Iguaçu, em parceria com a Itaipu Binacional”, destacou Helena Silva, Chief Technology Officer (CTO) do CEiiA.
O Centro desenvolveu, entre outros projetos, o Ubergreen, um projeto piloto com a empresa Uber onde se testou pela primeira vez a quantificação das emissões evitadas.
A operação no Brasil ocorreria em conjunto com o Instituto Stela, que há mais de 20 anos cria e implanta plataformas digitais para ecossistemas de inovação no Brasil e no exterior, como a plataforma Lattes, por exemplo.
“É fundamental usar a tecnologia para melhorar espaços urbanos. A parceria com o CEiiA será importante para formar inteligência no Brasil”, frisou Roberto Pacheco, que além de liderar o Instituto Stela também é coordenador em Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) da UFSC.
Recompensas para reduzir as emissões de CO²
A meta traçada pela CEiiA é reduzir 45% das emissões de carbono no mundo nos próximos 8 anos. A expectativa é alcançar essa meta com parcerias locais que consigam promover uma rápida alteração nas políticas municipais.
A plataforma AYR foi pensada para conectar comunidades, pessoas e objetos em rede onde as ações sustentáveis geram cripto tokens para troca por bens ou serviços e compensação local das emissões de carbono. Com o incentivo da tecnologia e das transações em rede a expectativa é gerar uma mudança de hábito.
Criação de uma Fintech Pública
Outra proposta apresentada na reunião foi a criação de uma fintech pública que poderia atuar no recebimento de tributos em soluções para serviços digitais que envolvam órgãos público, como o recolhimento de IPTU.
Os pagamentos poderiam ser feitos por PIX, TED, boleto para o pagamento de títulos públicos e até mesmo contas gerais.
A solução foi apresentada pela empresa Logbank, que faz parte do grupo Stefanini e já tem experiência na oferta de serviços financeiros para o mercado de pequenas, médias e grandes empresas. A plataforma é conhecida por ser um “banking in box”, customizado a diferentes tipos de operação.
Participaram da reunião de forma remota:
Evandro Frigo Pereira – Prefeito de Urupema (SC) – Vice-presidente
Robson Jean Back – Prefeito de São Martinho (SC) – 1º Secretário